quarta-feira, 27 de abril de 2016

The Stanford Prison Experiment



EUA, 2015
Gênero: Drama
Duração: 122 minutos
Direção: Kyle Patrick Alvarez
Roteiro: Tim Talbott



Sinopse: No ano de 1971, o médico Philip Zimbardo realiza no departamento de Psicologia da Universidade de Stanford faz um experimento polêmico. Ele consiste em uma simulação no qual 24 estudantes no porão da faculdade, dividindo o grupo entre guardas e prisioneiros. É a partir dessa divisão social que o experimento visa explicar os efeitos da prisão no comportamento humano, que se revelam devastadores.


O filme The Stanford Prison Experiment é intenso. Ao assisti-lo você se sente dentro do experimento. Não tem como ficar imune. 

Ele foi baseado em fatos reais. Conta sobre o experimento da prisão de Stanford, da década de 1970, de Philip Zimbardo, doutor em psicologia.

Sim, existem considerações a serem feitas sobre o estudo que aqui não vem ao caso.

Saiba que o filme nos faz refletir (ou ao menos deveria) sobre até onde pode ir o Tudo pelo experimento. E nos mostra como a arrogância do pesquisador pode ser desastrosa para a pesquisa. Como disse Zimbardo o experimento “É importante para mim”. Mas, isto é mais importante que os resultados? Que as pessoas envolvidas? A “cegueira profissional” afundou seu experimento e expos pessoas a sofrimentos psíquicos.

Discordo dele e acredito que eu ser emocional nunca me impediu de ser uma boa profissional. Afinal, psicólogo(a) é um ser humano que lida com seres humanos. É relacional. Há empatia. Há processo. Há crescimento. Há relacionamento.

É um filme para ser assistido! Bom filme e boas reflexões!

Para saber: Dois outros filmes já abordaram o experimento – A Experiência (2001) e Detenção (2010). Dentre os três eu prefiro The Stanford Prison Experiment (2015).

quinta-feira, 7 de abril de 2016

A filha da Índia




Título Original: India’s Daughter (2015)

Direção: Leslee Udwin

Duração: 63 minutos

Gênero: Documentário

Países de Origem: Índia e Reino Unido



Sinopse

A história do brutal estupro coletivo e assassinato da estudante de medicina de 23 anos Jyoti Singh num ônibus em movimento em 2012; e dos protestos e motins sem precedentes que este evento terrível gerou por toda a Índia, conduzindo uma forte demanda por mudanças na forma que as mulheres do país são tratadas. O filme examina os valores e a mentalidade dos estupradores e também entrevista os advogados que defendem os homens condenados pelo estupro e assassinato de Jyoti.




Depois de muito relutar, assisti hoje ao documentário, na Netflix. Minha resistência era em ter as sensações, que sabia que em mim seriam despertadas, de choque, tristeza e impotência.


A filha da Índia é um documentário, baseado em fatos reais, que nos faz pensar sobre ser mulher, seus valores e direitos – O que é passado por cada sociedade e pela família? O filme conta a história Jyoti Singh. Uma indiana de 23 anos, estudante de medicina, que sofreu um estupro coletivo, dentro de um ônibus na Índia. O amigo que estava com ela foi brutalmente espancado, impedido de ajuda-la.


O relato dos estupradores e do advogado de defesa são chocantes. Acredito que razão pela qual o filme foi banido na Índia, “dado seu conteúdo controverso”.


“Ela ficou em silêncio e permitiu o estupro”.


Apesar de vítima, ela foi (e ainda é) tida por alguns como culpada pela violência sexual e de gênero sofrida. O filme expõe a sociedade extremamente machista, que continua culpando a mulher pelo estupro sofrido.


Não ache você que a cultura de estupro na Índia é muito diferente da cultura de estupro no Brasil. Se você ainda acha que não tem nada com isso... Veja os dados:


“Mundialmente, 1 em cada 3 mulheres é agredida, obrigada a fazer sexo ou abusada. 1 em cada 5 se torna vítima de estupro ou tentativa de estupro”.


A desvalorização da mulher, a violência de gênero e o feminicídio são temas que devem ser amplamente discutidos e urgentemente reavaliados.


Como ser diferente? A mudança só é possível pela educação. Por uma educação de meninos e de meninas que prime pelo respeito às diferenças e dignidade humana.


É um filme importante. Não deixe de assistir e refletir!