segunda-feira, 27 de maio de 2013

Festival de Cannes 2013







Festival de Cannes 2013 | Os vencedores
Adaptação de HQ com forte conteúdo sexual vence a Palma de Ouro
Érico Borgo
26 de Maio de 2013

Na tarde de domingo, o Festival de Cannes entregou os prêmios aos vencedores de sua 66a. edição, cujo júri foi presidido pelo cineasta Steven Spielberg.

A principal honraria, a Palma de Ouro, como esperado depois da crítica aclamá-lo, foi  A Vida de Adele, um drama sobre o despertar sexual de uma adolescente, que se apaixona por outra jovem. O filme, do franco-tunisiano Abdellatif Kechiche adapta a história em quadrinhos Le Bleu est une Couleur Chaude, de Julie Maroh  e provocou polêmica em Cannes pelas fortes cenas sexuais entre as duas mulheres. O trabalho da protagonista Adele Exarchopoulos foi também reconhecido com a Palma de Ouro.

Inside Llewyn Davis, dos irmãos Coen, ficou com o troféu Grand Prix. A trama é livremente baseada na vida de Dave Van Ronk (1936 - 2002), no filme rebatizado Llewyn Davis (Oscar Isaac), que foi parte fundamental da cena folk de Greenwich Village nos anos 60 (de onde saíram Phil Ochs, Bob Dylan, entre outros).

Heli, do mexicano Amat Escalante sobre uma família destruída pela violência das gangues, rendeu ao realizador o prêmio de melhor diretor. A melhor atriz foi Berenice Bejo pelo papel de uma parisiense buscando o divórcio de seu marido iraniano no filme The Past, de Asghar Farhadi. Bruce Dern foi escolhido o melhor ator pela interpretação de um marido e pai envelhecido no novo filme de Alexander Payne, Nebraska. O júri oficial deu seu principal prêmio a Like Father, Like Son, do premiado japonês Hirokazu Kore-eda, sobre duas famílias que descobrem que seus filhos foram trocados na maternidade.

Veja abaixo todos os premiados.

PRÊMIOS
  • Palma de Ouro: A Vida de Adele (Abdellatif Kechiche, diretor; Adele Exarchopoulos - França)
  • Grand Prix: Inside Llewyn Davis (Joel e Ethan Coen, EUA)
  • Melhor diretor: Amat Escalante, Heli (México)
  • Prêmio do Juri: Like Father, Like Son (Japão)
  • Melhor Ator: Bruce Dern, Nebraska (EUA)
  • Melhor Atriz: Berenice Bejo, The Past (França/Itália)
  • Melhor roteiro: Jia Zhangke, A Touch of Sin (China)
UN CERTAIN REGARD
  • Melhor filme: The Missing Picture (Rithy Panh, Camboja/França)
  • Prêmio do Juri: Hany Abu-Assad, Omar (Palestina)
  • Melhor Diretor: Alain Guiraudie, Stranger by the Lake (França)
  • Prêmio Futuro: Fruitvale Station (Ryan Coogler, EUA)
  • A Certain Talent: Elenco de La Jaula de Oro (Diego Quemada-Diaz, Máxico/Espanha)
OUTROS PRÊMIOS
  • Camera d’Or: Ilo ilo (Anthony Chen, Cingapura)
  • Directors’ Fortnight Art Cinema Award: Me Myself and Mum (Guillaume Gallienne, França)
  • Directors’ Fortnight Europa Cinemas Label: The Selfish Giant (Clio Barnard, Reino Unido)
  • Directors’ Fortnight SACD Prize: Me Myself and Mum
  • Grand Prix da crítica: Salvo (Fabio Grassadonia, Antonio Piazza, Itália)
  • Visionary Prize da crítica: Salvo
  • Menção honrosa da crítica: The Owners (Agustin Toscano, Ezequiel Radusky, Argentina)
  • Melhor roteiro pela crítica: Le Demantelement (Sebastien Pilote, Canadá)
  • Palme d’Or curta-metragem: Safe (Moon Byoung-gon, Coreia do Sul)
  • Juri Ecumênico: The Past (Asghar Farhadi, França/Itália)
PRÊMIOS FIPRESCI
  • Competição: Blue Is the Warmest Color (Abdellatif Kechiche, França)
  • Un Certain Regard: Manuscripts Don’t Burn (Mohammad Rasoulof, Irã)
  • Diretores: Blue Ruin (Jeremy Saulnier, EUA)
Fonte: http://omelete.uol.com.br/festival-de-cannes/cinema/festival-de-cannes-2013-os-vencedores/




quinta-feira, 23 de maio de 2013

Terapia de Risco



Título original: Side Effects
Título no Brasil: Terapia de Risco
Gênero: Suspense
Duração: 106 min.
Origem: Estados Unidos (2013)
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Scott Z. Burns
Terapia de Risco - Trailer Legendado


Sinopse: Side Effects é um suspense ambientado no mundo da psicofarmacologia - a relação entre alterações de humor e comportamento e o uso de substâncias químicas. A trama acompanha uma mulher, Emily Hawkins (Mara), que toma diversos remédios para conter a ansiedade relacionada à saída do seu marido (Channing Tatum) da prisão. Catherine Zeta-Jones e Jude Law interpretam a dupla de médicos que cuida de Emily.

O novo filme de Steven Soderbergh “Terapia de Risco” é um intrigante thriller psicológico. Retrata, num primeiro momento, a atual cultura de medicalização da vida. Traz uma crítica à indústria farmacêutica e ao uso indiscriminado de psicotrópicos, principalmente antidepressivos.

Em diversos momentos e falas o filme mostra como encontrar conforto em pílulas milagrosas. Sim, hoje há diversas medicações eficientes. Porém, seu uso deve ser restrito e com real indicação.

Mas, o filme tem uma reviravolta (não me aterei aos detalhes para não contar sobre o filme e atrapalhar o suspense). E, entre terapias, crimes e medicações o filme se desenrola.

O que me fica do filme é o constante perigo do diagnóstico psicoterápico precipitado e do uso incorreto de psicofármacos.

A coluna do psicanalista Contardo Calligaris de hoje, 23.05.2013, aborda o filme.



Outro filme com a mesma temática: Amor e Outras Drogas

Para  quem quiser se aprofundar no tema deixo a sugestão de um livro que faz uma crítica sobre o excessivo consumo de antidepressivos:

Felicidade Artificial – O lado negro da nova classe feliz
Ronald W. Dworkin – Ed. Planeta.