terça-feira, 30 de agosto de 2011

Trilogia “Millennium”


Do escritor sueco Stieg Larsson (1954–2004), a trilogia “Millennium” é um fenômeno de vendas. Composta pelos livros Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, A menina Que Brincava Com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar, os romances de suspense foram adaptados para o cinema.

É toda uma trama policial e também psicológica, que tem como personagens principais a Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist.



Millennium 1

Os Homens que Não Amavam as Mulheres 

Título original: Män Som Hatar Kvinnor
Lançamento: 2009 (Dinamarca, Alemanha, Suécia)
Direção: Niels Arden Oplev
Atores: Michael Nyqvist, Noomi Rapace, Lena Endre, Peter Haber.
Duração: 152 min
Gênero: Suspense
Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (2010) Trailer Oficial.


Poder, Família e Religião = Patriarcado. Assim começa a trilogia. “Os homens que não amavam as mulheres” relata duas histórias: a de Lisbeth e a de Blomkvist, entremeadas da morte de Harriet.

Lisbeth vive sob a tutela do estado em orfanatos e clínicas psiquiátricas desde a infância. Reclusa, ela ao mesmo tempo se protege e se esconde atrás de sua aparência.  Muitos piercings, tatuagens e visual dark. De forma peculiar se defende do mundo sozinha. Tem um relacionamento homossexual e amigos um tanto quanto suspeitos. Trabalha como investigadora e para tanto usa de meios lícitos e ilícitos para resolver seus casos.

Blomkvist  é um jornalista investigativo, da revista Millennium. Está passando por um momento difícil profissionalmente, está enfrentando um processo por calúnia e difamação. Mas, a pedido do tio Henrik (líder da família Vanger) monta o quebra-cabeça da família Vanger. A investigação se torna mais efetiva ao jornalista se juntar a Lisbeth.

Com uma bela fotografia da ilha de Hedeby, na Suécia, o filme aborda o crime contra as mulheres. Fato que o torna um intrigante filme sobre Relações de Gênero.

Então, os homens não amam as mulheres ou querem é exercer poder sobre elas e seus corpos? O que é amor? O que poder?

“Pelo que você passou? Como se tornou desse jeito?”

Millennium 2

A Menina Que Brincava com Fogo

Título Original: Flickan Som Lekte Med Elden
Gênero: Ação, Mistério e Suspense
Duração: 129 min.
Origem: Suécia, Dinamarca e Alemanha
Ano: 2009
Direção: Daniel Alfredson
Roteiro: Jonas Frykberg e Stieg Larsson

A MENINA QUE BRINCAVA COM FOGO - Trailer HD Legendado


O filme “A menina que brincava com fogo” retoma a história de Lisbeth e do jornalista Blomkvist. Agora estão envolvidos na investigação de tráfico sexual. Mas, durante as apurações duas de suas fontes acabam assassinadas. E, quem se torna a suspeita número um da polícia é Lisbeth, após ser curiosamente acusada dos assassinatos. Em fuga, ela começa a descobrir segredos de seu próprio passado.

Millennium 3

A rainha do castelo de ar
 
Título Original:  Luftslottet som sprängdes / The Girl Who Kicked the Hornet's Nest
País de Origem:  Suécia / Dinamarca / Alemanha
Gênero:  Suspense
Tempo de Duração: 148 minutos
Ano de Lançamento:  2009
A RAINHA DO CASTELO DE AR - Trailer HD Legendado


O último filme da trilogia “Millennium”, “A rainha do castelo de ar”, mostra-nos que os problemas de Lisbeth estão longe de terminar. Acusada de assassinatos, forças políticas e médicas tentam silencia-la de forma definitiva. Causa: ela é considerada uma pessoa perigosa.

Em clima de tensão e desfecho, Lisbeth busca sua vingança contra os homens que tentaram silencia-la e o governo que pactuou com tudo isso. Para tanto, tem a importante ajuda de Blomkvist.

São ótimos filmes. A trama tem começo, meio e fim. E, principalmente, perfis psicológicos bem elaborados. Recomendo assisti-los em sequência.








quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Matemática do Amor


Título Original: An Invisible Sing
EUA, 2010 – 96 min
Gênero: Drama
Direção: Marilyn Agrelo
Roteiro: Pamela Falk, Michael Ellis
 
Matemática do Amor - Trailer Legendado

Noite de segunda-feira. A melhor opção é ir para casa e assistir a um bom filme. Buscando por isso, escolhi o filme “Matemática do Amor”. O filme me pareceu ser um romance suave. Confesso que mais uma vez fui surpreendida pelo inusitado.

O filme aborda a inusitada relação entre números e sentimentos. Digo inusitada porque quando pensamos em matemática logo nos lembramos de racionalidade. Porém, a matemática pode ser sim sentimento, relação, corpo e aprendizado. 

Outro ponto interessante é retratar como a doença dos pais pode interferir no desenvolvimento dos filhos. O medo do abandono. Como fazer para a pessoa melhorar e não morrer? No caso de Mona, seu pai desenvolve uma doença psiquiátrica e ela se refugia na companhia de seus números.

Mas, Mona torna-se obcecada por números e os usa para lidar com um mundo que lhe é hostil e imprevisível. A obsessão pelos números para controlar a ansiedade.

Em termos pedagógicos é fantástico a professora mostrar a relação corpo, matemática e aprendizado.

Eu resumiria o filme como a busca de Mona por seu lugar no mundo.

“Há um momento em que você olha ao redor e espera que o responsável te ajude. Então, você percebe que você é o responsável. Você é o adulto”.

Para saber mais:
DSM IV – Classificação de Doenças Mentais
300.3 Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Critérios Diagnósticos
A. Obsessões ou compulsões:
Obsessões, definidas por (1), (2), (3) e (4):
(1) pensamentos impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum momento durante a perturbação, são experimentados como intrusivos e inadequados e causam acentuada ansiedade ou sofrimento.
(2) Os pensamentos, impulsos ou imagens não são meras preocupações excessivas com problemas da vida real
(3) A pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens, ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação
(4) A pessoa reconhece que os pensamentos, impulsos ou imagens obsessivas são produto de sua própria mente (não impostos a partir de fora, como na inserção de pensamentos)
Compulsões, definidas por (1) e (2)
(1) comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (p. ex., orar, contar ou repetir palavras em silêncio) que a pessoa se sente compelida a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser rigidamente aplicadas
(2) os comportamentos ou atos mentais visam prevenir ou reduzir o sofrimento ou evitar algum evento ou situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão realista com o que visam neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos.
B. Em algum ponto durante o curso do transtorno, o indivíduo reconheceu que as obsessões ou compulsões são excessivas ou irracionais. Nota: Isso não se aplica a crianças.
C. As obsessões ou compulsões causam acentuado sofrimento, consomem tempo (tomam mais de 1 hora por dia) ou interferem significativamente na rotina, no funcionamento ocupacional (ou acadêmico), em atividades ou relacionamentos sociais habituais do indivíduo.
D. Se um outro transtorno do Eixo I está presente, o conteúdo das obsessões ou compulsões não está restrito a ele (p. ex., peocupação com alimentos na presença de um Transtorno da Alimentação; arrancar os cabelos na presença de Tricotilomania; preocupação com a aparência na presença de Transtorno Dismórfico Corporal; preocupação com drogas na presença de um Transtorno por Uso de Substância; preocupação com ter uma doença grave na presença de Hipocondria; preocupação com anseios ou fantasias sexuais na presença de uma Parafilia; ruminações de culpa na presença de um Transtorno Depressivo Maior).
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamentos) ou de uma condição médica geral.